KPIs: O que é, como funciona?

Uma coisa é certa: os números não mentem. Eles conseguem mostrar se uma empresa teve lucro ou prejuízo, bem como se os investimentos estão realmente trazendo retorno.
Calcular os indicadores de desempenho na empresa de tecnologia e, principalmente, saber avaliá-los é extremamente importante para o sucesso. Eles servem de base para uma tomada de decisão estratégica e para o direcionamento acertado de recursos.
O que são indicadores de desempenho?
Os indicadores de desempenho são um conjunto de medidas que as empresas usam para avaliar suas performances ao longo do tempo, gerando um histórico de dados. Essas métricas são usadas para determinar o progresso e o alcance de seus objetivos estratégicos.
A célebre frase do filósofo Sêneca ilustra bem o que estamos querendo dizer: “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para aonde ir”. Embora seu sentido seja amplo, o princípio reflete bem como funciona a condução de um projeto ou de uma empresa — uma travessia em que é fácil se perder. Ou seja, os indicadores de desempenho vão funcionar como uma bússola nessa navegação, evitando que você desvie do caminho e deixando mais claro também quais são os passos que você planeja traçar.
Assim, antes de aplicar as métricas para mensurar o desempenho de sua empresa, é necessário entender bem o planejamento estratégico e ter objetivos claros. Sem isso, você não conseguirá definir as metas que devem ser alcançadas.
Como os indicadores de desempenho funcionam?
Indicadores de desempenho são números que mostram o quanto a sua execução está próximo da sua meta. Ou seja, os indicadores de desempenho mostram como está o resultado do seu trabalho. Normalmente são apresentados em forma de gráfico de tendência e são muito usados para nortear decisões.
Confira quais são os 7 principais KPIs financeiros existentes!
1. Faturamento.
Esse é um dos KPIs mais importantes para a gestão financeira de uma empresa. Ele indica o quanto a organização está vendendo. Vale ressaltar que é importante ficar atento quanto à medição desse faturamento, pois nem sempre o montante faturado é igual ao montante recebido.
Dessa forma, é importante monitorar também o que foi planejado e comparar com as ações executadas, isto é, comparar o montante planejado e o montante alcançado. Tendo essa informação em mãos, você, como gestor, pode adotar medidas para maximizar ou minimizar os desvios e contribuir para alcançar a meta determinada.
2. Liquidez.
O KPI de liquidez apresenta a capacidade que um negócio tem de gerar receita em um curto prazo. Ele é importante para analisar se há a possibilidade de cumprir com os compromissos que apresentam um prazo curto de vencimento. Como principais exemplos de ativos com alto índice de liquidez, temos o estoque e o capital de giro.
Quando esse índice apresentar o valor baixo, pode significar que a empresa está direcionando a maior parte dos seus recursos para investimentos de longo prazo, o que pode ser prejudicial para pagamentos de dívidas de curto prazo.
Caso o índice apresente um valor alto, é um sinal de que o dinheiro está sendo aplicado em estoque ou encontra-se parado no caixa, o que também é prejudicial. O ideal é criar um meio-termo entre ambos.
3. Rentabilidade.
O índice de rentabilidade representa o nível de retorno que o investimento proporciona para o negócio. Também é muito utilizado para analisar a viabilidade do projeto de render receitas suficientes para justificar o investimento.
É importante destacar que não existe um padrão que possa ser considerado satisfatório, mas, sim, um adequado para cada tipo de negócio. Isso ocorre porque a rentabilidade necessita de condições e características do investimento.
4. Ticket médio.
Esse índice representa o comportamento do cliente em relação à marca e também está relacionado à satisfação do cliente com a empresa. Geralmente, o KPI de ticket médio representa o valor médio gasto nos pedidos. Quanto mais alto for o valor, mais se está gastando.
5. Custo.
Compreender os custos envolvidos no negócio é fundamental para uma boa gestão financeira. Com isso, garante-se uma lucratividade maior. Esse índice contribui para identificar quais são os gastos do negócio necessários para manter a empresa funcionando. Dessa forma, contribui para que o gestor encontre uma alternativa para promover a eliminação ou a redução de gastos desnecessários.
Vale ressaltar que uma boa gestão de custos influencia diretamente no preço do serviço ou produto, o que influencia diretamente na competitividade da empresa no mercado.
6. Lucratividade.
O lucro é o objetivo de toda empresa. Dessa forma, a lucratividade é um índice que identifica a capacidade de um negócio gerar lucro. Assim, esse KPI ajuda a entender qual o risco do negócio. Por exemplo, se há a necessidade de um grande faturamento para que a lucratividade seja regular, é um sinal de que o risco para o negócio é alto.
7. Nível de endividamento.
Uma boa gestão financeira não pode deixar de medir o índice de endividamento de uma empresa. Esse indicador, como o próprio nome aponta, fala a respeito do nível de endividamento da organização, dando informações sobre o assunto aos gestores, que devem estudar as melhores maneiras de melhorar a situação.
Isso porque, mesmo que o negócio apresente um bom resultado, os pagamentos das dívidas e juros podem consumir uma fatia muito maior que o lucro obtido, gerando problemas para a empresa.
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